JSD Algés / Carnaxide

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domingo, 20 de maio de 2007

Retrospectiva de Actividades: Dezembro de 2006 - Encontro Nacional de Jovens








Jovens discutem Futuro


Delegação de Oeiras foi a maior do País

Entre 30 de Novembro e 3 de Dezembro decorreu em Santo Tirso o 10º Encontro Nacional da Juventude, onde se reuniram cerca de 500 jovens de todo o país e representantes estrangeiros, oriundos de vários países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa como a Guiné-Bissau, Angola e Cabo Verde, bem como de Estados-membros como o Chipre, Grécia, França e Espanha, para reflectir sobre as políticas de Juventude e o papel dos jovens no Futuro da Europa.
Esta iniciativa foi organizada pelo Conselho Nacional da Juventude, uma plataforma das Organizações Nacionais de Juventude, que integra actualmente 29 organizações dos mais diversos âmbitos: estudantis, partidárias, escotistas, sindicais, de intercâmbio e culturais. Dos 5 elementos da Direcção, 2 são jovens de Oeiras, a Presidente Carla Mouro e o Director Ângelo Pereira, do pelouro do Emprego e dos assuntos sociais.
Neste encontro foram debatidos temas das mais diferentes áreas, como o associativismo, educação não formal, ensino secundário e superior, emancipação dos jovens, diversidade, integração e igualdade de género, desenvolvimento sustentável, estilos de vida saudável e política europeia de Juventude.
Este encontro serviu para revelar um conjunto de preocupações que são partilhadas transversalmente pela comissão europeia, governo e as associações de jovens presentes.
Manfred Von Hebel (membro da unidade de Política de Juventude da Comissão Europeia) afirmou na sua intervenção que a taxa de desemprego juvenil na Europa é actualmente o dobro do desemprego geral.
Já o Presidente da República fez questão de enviar uma mensagem em que desafia os jovens portugueses a participarem na construção do seu futuro, «do qual podem e querem usufruir plenamente, se souberem aproveitar o tempo de formação».
Presente na Sessão de Abertura, o ministro dos Assuntos Parlamentares Augusto Santos Silva afirmou que o Governo está a preparar legislação que permita e facilite as mudanças e as reconversões profissionais, face a uma realidade laboral em que os empregos que estão a ser gerados hoje na economia portuguesa «têm muito menos garantias, são menos estáveis, são muito mais flexíveis».
Coube a Carla Mouro, Presidente do CNJ, tomar a palavra em nome dos jovens e afirmar que “as instituições europeias não devem entregar-nos documentos feitos, devem deixar-nos participar na sua elaboração”, e prometeu aos jovens presentes levar as suas ideias e propostas às instâncias europeias, designadamente durante a presidência portuguesa da União Europeia, porque “A Europa não pode decidir pelos jovens”.
Seguiram-se 2 dias de intenso debate, entre conferências, mesas redondas, workshops e grupos de trabalho, além de exposições permanentes, onde se verificou uma das grandes mais-valias de um encontro desta natureza, que foi reunir no mesmo espaço e sob a mesma égide, as várias expressões do movimento associativo juvenil, desde a académica à político-partidária, passando pela económica, lúdica, social e confessional.
Se a Direcção do CNJ pediu esforço e dedicação aos jovens durante este encontro, estes deram uma resposta inequívoca e reveladora da importância que dão a eventos destes, patente nas conclusões que retiraram da reflexão feita sobre os vários temas, das quais se destacam:

No Associativismo e Participação Juvenil, propõe-se a criação de um programa “Simplex” de apoio à Criação e Manutenção de Associações de Jovens, que inclua a criação de um Manual de Procedimento Administrativo, e a criação de programas de formação de dirigentes associativos.
Ao nível do Ensino Secundário e Superior, propõe-se Implementar a autonomia entre diferentes níveis de ensino, desenvolver o papel das associações de estudantes na promoção da cidadania, as quais devem promover campanhas de recenseamento eleitoral;
No âmbito de Bolonha, é importante garantir a possibilidade dos institutos politécnicos leccionarem o 2.º ciclo em cumprimento com a lei, a valorização das actividades extracurriculares e competências adquiridas em aprendizagem não formal no acesso ao ensino superior, incluídas no certificado de habilitações, e a introdução de temas como educação sexual, cívica e política na escola.
Quanto à emancipação dos jovens, abrangendo o emprego e os assuntos sociais, preconiza-se a compatibilização da flexibilidade com a segurança no trabalho como um objectivo da sociedade, promover a ligação escola / empresa / sociedade e a aplicabilidade prática dos currículos escolares;
Na área da diversidade, integração e igualdade de género é proposta a criação de cursos gratuitos de ensino de língua portuguesa para imigrantes, o reforço da educação para a cidadania, nomeadamente através de parcerias com diversas instituições sociais, a implementação de penas exemplares para os crimes de violência doméstica e a desmistificação do conceito de violência doméstica associada às mulheres;
No desenvolvimento sustentável, é necessária a promoção da agricultura biológica, incentivos ao consumo de produtos “amigos do ambiente”;
Quanto aos estilos de vida saudável, foi sugerida a criação de uma entidade imparcial para controlo da qualidade nutricional dos produtos alimentares.
Quanto à Política Europeia de Juventude, foi proposto, incrementar a cooperação Euro-Africana e a cooperação Inter-associativa na CPLP, a divulgação nas Escolas Secundárias dos Programas Europeus e Políticas de Juventude.
Este encontro ficou marcado pela participação de cerca de 60 jovens do Concelho Oeiras, em representação respectivamente da Associação Pombal XXI, da JSD de Algés/Carnaxide e Oeiras, da Associação de Estudantes da Escola Secundária Camilo Castelo Branco e da Associação Oeiras 100%. Tratou-se da maior delegação a participar neste evento, participando nos debates e actividades, com um entusiasmo contagiante que proclamavam com cânticos de orgulho em ser do Conselho de Oeiras e das organizações que representam. Como corolário desta participação, foi um dos 10 escolhidos pelos jovens para apresentar as conclusões sobre o tema do Ensino Secundário\Superior, na sessão de encerramento, o jovem David Leal, Ex-Presidente da Associação de Estudantes da Escola Camilo Castelo Branco.
Quando questionados sobre a sua visão deste encontro,vários jovens líderes associativos de Oeiras afirmaram sobre o evento:
José Luís Tavares (PombalXXI)- “Muito valorativo pela dinâmica dosrepresentantes desta associação, pelo espírito gerado entre os participantes de Oeiras, pela diversidade dos temas em debate, pela troca de ideias e promoção de novas parcerias.”

João Annes (JSDAlgés)- “O trabalho que desenvolvemos neste ENJ é a prova viva que os jovens sabem o que querem para o seu futuro e para o País, estou orgulhoso pelo sucesso deste evento e pelo grau elevado de interesse e participação que gerou nos militantes de Algés.

Marco Costa (AEESCCB)- “Foi excelente! Enquanto membro da Associação de Estudantes tive a oportunidade de aprender muito nos vários grupos de discussão, desenvolver contactos para futuras actividades, trocar experiências e discutir de uma forma positiva temas importantes para mim e para aqueles que represento.”

Ângelo Pereira (Direcção CNJ)- “Estamos todos de Parabéns! O CNJ propôs ao Governo a criação de uma comissão inter-ministerial para acompanhar o Programa Nacional da Juventude e conferir-lhe transversalidade, «qualquer política de juventude, para ser eficiente, para ser eficaz, deve ser inter-sectorial» A dirigente adiantou ainda que «há toda a vantagem, também, em que a execução do Programa seja acompanhada o mais perto possível pela juventude», avançando com a «vocação e a disponibilidade do Conselho Nacional da Juventude para essa tarefa, dada a natureza e as competências do Conselho, que integra os principais movimentos associativos juvenis do País».
A nossa proposta foi aceite. Os Jovens de Oeiras tiveram uma participação muito positiva, diria até que marcaram este evento profundamente, pelo grande número em que se apresentaram e pela qualidade das suas intervenções.”


(artigo escrito por João Annes)

1 comentário:

Anónimo disse...

bom comeco